Mulecada se divertindo com as velhas fliperamas da década de 90 em um incomum lugar iluminado. |
Colocar uma fichinha na máquina e permanecer estático diante
da tela não é mais comum nos fliperamas. A evolução da tecnologia vem deixando
as casas de jogos eletrônicos mais movimentadas. Simuladores de dança, bateria
e carros fazem a cabeça e mexem com o corpo dos adolescentes. Nem a febre das
lan houses fez esses lugares esvaziarem.
Pump it Up, a fliperama de dança revolucionária |
Criada na Coréia do Sul, a máquina que está aglomerando uma legião de jovens e proporciona muita música e coreografia chama-se Pump it up, que atualmente tem diversas versões. Diferentemente de outros simuladores, o que atrai muitos praticantes é justamente a interação entre diversão e movimento corporal, que resulta em acrobacias e passos impressionantes. “É como uma academia de dança. Só que, em vez de professor, há uma máquina coordenando os seus passos”, explica Thaís Maria Rosante, que pratica com frequência junto com um grupo de amigos. Basicamente, o funcionamento do simulador é simples, apesar dos vários níveis de dificuldades.
Para quem vai começar a ensaiar os primeiros passos, é
melhor optar pelo nível normal. Em seguida,
escolhe-se a música que será tocada
durante a performance. Se for iniciante, a dica é um ritmo mais lento, para
facilitar na hora de pisar nos quadrados, conhecidos como step. O praticante
vai recebendo por meio da tela indicações onde pisar no tapete que possui
sensores ligados à máquina. Ao fim da apresentação, é só esperar a nota e
aperfeiçoar os passos.Kick it up
Leandro Ambrózio, destaca que, além de fazer
amigos, dançar na plataforma é uma atividade física e de entretenimento. “A
interação da máquina com o corpo é maior do que com os antigos fliperamas”. Ele
sugere que quem quer aprender ou aperfeiçoar os passos pode procurar o Kick it
up, software que pode ser baixado pela internet. Mas é para jogar com as mãos.
E acrescenta: “É útil para observar as coreografias”. Esse programa está
disponível em sites de busca.
Pedro Alvares, lembra que no início criticava, mas
depois se rendeu ao simulador. “Não sabia dançar e aprendi.” Outro que também
costuma dançar na máquina é Iuri Martins, . Ele comenta que os passos de
break e hip hop são os preferidos. Juliana Tamaki, diz que o
interessante é que na turma de amigos todos têm estilos diferentes, mas que a
máquina une essas tribos. “Já criamos até grito de guerra.”
Bateria
Player descendo o braço no Neo Drum |
Outra máquina que também desperta a atenção de jogadores é a
Neo Drum, um simulador de bateria. Músicas de Bon Jovi, Santana, Skid Row são
algumas que podem ser acompanhadas. Além de gostar também do Pump it up, Vítor
Gomes, curte o instrumento e gasta algumas fichas de vez em quando
para tirar um som. “Dá impressão de realmente estar tocando uma bateria”. E,
para quem não sabe tocar o instrumento, ele diz que o importante é ter
curiosidade e resistência para descer o braço, literalmente.
Antigos pinballs resistem ao tempo
Na selva da evolução dos jogos eletrônicos há também os
heróis da resistência. Eles não trocam as conhecidas pinballs por essa nova
febre da garotada. Essas máquinas que fizeram a cabeça de várias gerações
antecederam o videogame e os atuais simuladores. O funcionamento é simples e
não tem segredo. Basicamente, é não deixar a bolinha passar pelas paletas.
O que é clássico nunca morre ! |
João Rosa, não troca elas por nada. “Não gosto das
máquinas que a meninada joga hoje”. João
diz que chega a gastar até dez fichinhas por dia em um fliperama, localizado no
Centro de Santos.[SP] Ele já
nem lembra quando começou a jogar, mas já sabe de todos os macetes. Para ele, o principal é evitar mexer muito na máquina para não provocar os famosos tilt, sinal de que o pinball travou. “Ela tem um balanço que é regulado, se bater muito, dança mesmo”.
nem lembra quando começou a jogar, mas já sabe de todos os macetes. Para ele, o principal é evitar mexer muito na máquina para não provocar os famosos tilt, sinal de que o pinball travou. “Ela tem um balanço que é regulado, se bater muito, dança mesmo”.
Flávio Antunes, teve o famoso Atari durante a
adolescência, mas não quis caminhar de mãos dadas com a evolução dos
videogames. Preferia os pinballs. Um hobbie que ocupa seus momentos de lazer.
“Sempre que posso já sei qual é o tipo de máquina que procuro”.
Entre os mais jovens também há quem curta o velho e bom
pinball. Rui Fernando Campos Alves, comenta que o desafio de conseguir créditos quando atinge uma determinada
pontuação é o que motiva a gastar algumas fichas em sua máquina preferida, a
Attack From Wars.
Todo dia na hora do almoço, Erik Aquino da Silva, que também gosta de outros jogos eletrônicos, aproveita o período para jogar
quando o pinball está desocupado. “Minha vontade era ter uma em casa”.
Danilo Fernandes, já prefere jogar no próprio
estabelecimento porque tem a chance de disputar com outros amigos para ver quem
faz mais pontos. Em meio a jogos tão cheios de ação, ele confessa que nem a
simplicidade da máquina o afasta. E assim, os pinballs sobrevivem e ganham mais
adeptos.
Adaptado de: http://www.magocom.com.br/bnl/noticia.aspx?tipo=2&cod=997
Adaptado de: http://www.magocom.com.br/bnl/noticia.aspx?tipo=2&cod=997